quinta-feira, 17 de julho de 2014

Do Fracasso à Reestruturação: Sugestões para o Recomeço


O mês de Julho reserva emoções fortes para o torcedor brasileiro: Há 20 anos atrás, a seleção Brasileira conquistava o tetracampeonato nos Estados Unidos, batendo a Itália nos pênaltis por 3 a 2 após 24 anos de espera. Infelizmente, hoje a história é muito diferente, jogadores, comissão técnica (já demitida) e torcida tentam superar o episódio mais triste dos 100 anos de história da seleção brasileira, a goleada por 7 a 1 sofrida para a Alemanha, em pleno Mineirão.

Além do vexame já apontado no placar, ainda significou a queda de mais dois recordes: O de maior artilheiro das copas com o gol de Miroslav Klose, o segundo da Alemanha, que fez com que alcançasse a marca de 16 gols, ultrapassando Ronaldo, que tinha 15 e o recorde de maior ataque das copas que também pertencia ao Brasil (A Alemanha ainda fez mais um gol na final, terminando a copa com 224, contra 221 da seleção brasileira). E agora? Como recuperar o prestígio e o orgulho perdidos? O Revolta Futebol Clube traz algumas sugestões:

- O comando: Sua escolha e a Transparência de Suas Receitas
A CBF hoje, conta com apenas 47 votos em sua assembleia geral. Votam na eleição da entidade os presidentes dos 20 clubes da primeira divisão do campeonato brasileiro, mais os 27 presidentes de federações estaduais de futebol existentes no país. Um “agrado” para as Federações de pequeno porte e pronto, um resultado facilmente manipulado. Para piorar, as eleições foram antecipadas, estrategicamente, para o mês de abril, provavelmente a fim de blindar a CBF contra qualquer mudança em caso de um eventual fracasso da seleção, que foi o que aconteceu. E sem oposição, pois o estatuto da CBF determina que para concorrer à presidência da entidade, um candidato deve contar com o apoio de pelo menos oito federações e cinco clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, o que não aconteceu. Na visão do Bom Senso Futebol Clube (movimento de um grupo de jogadores que trataremos nos próximos posts), o mecanismo mantém "o futebol brasileiro nas mãos dos mesmos senhores que o trouxeram até aqui". Nada democrático.

- Fiscalização das Contas
Nesta quarta-feira (16/07), o Senado anunciou que poderia ter votado ainda nesta data, a votação de requerimento de urgência para projeto que estabelece regras mais rígidas de fiscalização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e federações estaduais, pelo Tribunal de Contas da União e dos Estados. O pedido foi feito pelos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Devido à falta de assinatura de todos os líderes partidários, no entanto, a urgência não foi examinada. Sem a aprovação de urgência, o que permitiria a votação diretamente no Plenário, a proposta segue sua tramitação normal. Atualmente, o PLS 221/2014 aguarda recebimento de emendas na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Depois de votada na CE, ainda terá de passar pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Isso já ajudaria bastante, leia o projeto aqui.

- Abertura de CPI
Além desta iniciativa, seria bastante interessante a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o futebol brasileiro e a gestão da CBF. Faltam 9 assinaturas para as 27 exigidas. Com certeza, iria aparecer muita coisa, não acham?

- Investimento no Esporte
Investimento na formação de treinadores, e reciclagem para os já formados. Ajudar na implantação de Centros de Treinamento, financiar a estruturação da base dos clubes e da própria seleção. Há um ano, em 2013, na Argentina, o time brasileiro sub-20 venceu apenas um jogo e acabou na lanterna de seu grupo - atrás de seleções como Peru, Venezuela e Equador, ficando fora do Mundial. No sub-15, também em 2013, eliminação na primeira fase, o pior desempenho da história da seleção. No sub-17, queda nas quartas de final do Mundial e apenas o terceiro lugar na disputa continental. Dinheiro pra isso não iria faltar, pois segundo o site espn.com.br, de 2002 até 2013, o orgão máximo do futebol brasileiro, faturou R$ 2,338 bilhões de reais. Leia a matéria completa aqui.

- Mudança do calendário
A adaptação do calendário do futebol brasileiro ao modelo europeu seria uma ótima medida. Os clubes brasileiros jogam mais partidas do que os grandes europeus em seu calendário anual .  Não tem uma pré-temporada adequada e os campeonatos acabam perdendo parte de seus talentos na temida janela no meio do ano, período em que o mercado aquece na europa e os clubes brasileiros sofrem desfalques importantes para a segunda metade do campeonato brasileiro.

E essas são só algumas sugestões, ainda falaremos muito de mudanças! Deixem seus comentários e apresentem suas propostas! Um forte abraço!

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